sexta-feira, 29 de abril de 2011

SAÚDE mental nas empresas


A saúde mental e emocional dos funcionários é, cada vez mais, observada pelas organizações, que desenvolvem programas de assistência por meio de empresas especializadas

Por Toni Mello

Segundo dados de 2002 da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 25% a 30% da população mundial sofrerão ao longo da vida algum tipo de perturbação mental ou comportamental. Mais ainda: a cada quatro famílias uma terá alguém com problema na área. Depressão, alcoolismo, transtornos ansiosos e estresse estão entre as principais causas de afastamento em saúde mental.

Os transtornos mentais ocupam o 3º lugar nos afastamentos do INSS. Um estudo realizado em 2007 pela Unifesp, em parceria com o Ministério da Saúde, revelou que metade dos afastamentos do trabalho ocorre por transtornos mentais. Diante desse quadro a prevenção é um fator primordial e determinante.

A promoção da saúde mental e emocional dos funcionários visa reduzir custos, evitar o desgaste profissional, pessoal e familiar, diminuir a quantidade de afastamentos e, por conseqüência, reduzir o número de contratações temporárias por parte das organizações. Um trabalhador afastado repercute em todos os níveis, desde o RH, que necessita buscar um substituto, sua própria área que fica desfalcada gerando sobrecarga para os outros funcionários, desgasta a imagem do afastado perante a empresa, diminui sua auto-estima e repercute no relacionamento familiar.

“Muitas empresas já reconhecem a importância e a necessidade de olhar para o tema. As companhias que mantiverem posturas preconceituosas serão vítimas do próprio preconceito. Mais cedo ou mais tarde precisarão olhar para o tema e provavelmente pelo caminho mais doloroso”, sinaliza Fátima Macedo, diretora da Mental Clean.

A promoção de saúde mental se dá por meio de ações que propiciem mudanças de atitudes, como educar a chefia e funcionários para que eles tenham ferramentas que possibilitem identificar sintomas e sinais de maneira precoce, sem estigmas e preconceitos, prevenindo os custos diretos e indiretos que esses problemas acarretam quando diagnosticados tardiamente. O programa de saúde mental deve atuar na promoção, prevenção, intervenção, remediação e reintegração quando necessário.

“Antes mesmo de um programa de saúde mental ser lançado o ideal é que o Serviço de Saúde e o RH da empresa sejam treinados e preparados para lidar com o tema e a demanda”, diz a diretora da Mental Clean, que também aponta a necessidade de um mapeamento da população para identificar os grupos de risco que a empresa já possui ou que pode vir a possuir.

Segundo Fátima Macedo é possível perceber tanto resultados imediatos quanto em médio e longo prazo. Os imediatos aparecem quando o funcionário que está em sofrimento psíquico necessita de atenção imediata. Em médio prazo aparecem quando a cultura de saúde mental é instaurada e a busca por esse tipo de cuidado passa a ser vista e vivenciada sem tanta resistência e preconceito. Em longo prazo, pode-se alcançar o índice zero de afastamentos por problemas de saúde mental.


Fonte:http:revistavocerh.com.br
jonyafonso.com.br

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